"Minas têm moça bonita
Que se banha nos quintais
Sob as águas de monjolo
Sob os olhos dos meninos
Que se escondem nos arbustos
Entre susto e matagais
Êh, vida menina
Vida mansa vida minas
De lembrança e de colinas
Que se deixam nos caminhos
Vida mato carrapicho
Vida bicho e passarinho
E no morro mansamente
Pasta o gado pelo pasto
Enquanto o sol deixa seu rastro
Morenando a cor da gente
Morenando o coração
Minas tem moça bonita...
Eh vida à toa, vida boa vida chão
Vida leite com farinha
Vida que ainda tinha erva doce e hortelã
Eh vida broa, vida sol, céu e manhã
E no morro mansamente..."
(Gildes Bezerra e Ivan Vilela)